segunda-feira

Kiko Dinucci na Rolling Stone nº 12



Não, não, não. Não é o Kiko que está na capa com os seios pintados, essa é a Grazi. A matéria assinada por Adriana Alves está na sessão Acontece, na página 46.

Afro - EP - Macarrônico - Volume 1


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

O projeto Afro - EP - Macarrônico surge a partir das dificuldades e lacunas que rodeiam o mercado e produção de música independente no Brasil. A idéia básica é lançar on line e gratuitamente singles virtuais com 5 ou 4 músicas a cada semestre, ou seja, ao invés de o público esperar em média 1 ano para ouvir um novo trabalho que depende de um cronologia orçamentaria e que as vezes é até interrompida e adiada, ele acompanha o andamento do trabalho e todo o desenvolvimento artístico e estético do artista. Cada volume do single Afro - EP - Macarrônico disponibilizará para download capas com diferentes artes e disign feitas por três diferentes artistas, para serem imprimidas e montadas pelo internauta. Após três volumes e três semestres as canções serão reunidas em um único CD não virtual, palpável e real. Além dos integrantes do Bando, o EP contou com as ilustres participações de Bocato, Juçara Marçal, Renato Anesi, Paula Sanches, Fred Prince, Meno del Picchia, Rosangela Macedo, Samba Sam, Paulinho Timor e Lula Gama. As gravações começaram despretenciosamente no quarto do compositor, pianista e produtor Rogério Rochlitz (aliás, produtor desse trabalho) e foram completadas no Estúdio 185 (São Paulo) do mágico dos botões Beto Mendonça.


Afro - EP - Macarrônico, Volume 1

1- Mosquitinho de Velório (Kiko Dinucci) - 3:33
2- Santa Bamba (Fabiano Ramos Torres/Kiko Dinucci) - 3:28
3- Tambú e Candongueiro (Kiko Dinucci) - 1:55
4- Roda de Sampa (Kiko Dinucci) - 4:19



download do EP




Direção musical e arranjos: Kiko Dinucci
Produção: Rogério Rochltz
Técnico de gravação: Beto Mendonça
Capa: Kiko Dinucci
Arte: Gina Dinucci
Gravado: No antigo quarto do Rogério Rochltz situado outrora no bairro da Pompéia e no Estúdio 185
Mixagem e masterização: Beto Mendonça
Músicos:
Kiko Dinucci - voz, violão, cavaquinho, percussão, composições (faixas1, 2, 3 e 4)
Douglas Germano - cavaquinho (faixas 2 e 4)
Júlio Cesar - pandeiro, congas (faixas 1 e 2)
Alex Macedo - tambu (faixa 3)
Paulinho Timor - patos (faixa 2)
Samba Sam - pandeiro, conga (faixas 2, 3 e 4)
Fred Prince - ganza, rebolo, tamborin, caixa (faixas 1 e 4)
Renato Anesi - Bandolin (faixa 1)
Bocato - Trombone (faixas 1 e 4)
Railídia - voz (faixas 2 e 4)
Dulce Monteiro - voz (faixas 2 e 4)
Paula Sanches - voz (faixas 2 e 3)
Juçara Marçal - voz (faixas 2 e 3)
Meno del Picchia - baixo (faixas 1 e 4)
Rosangela Macedo - voz (faixa 3)

domingo

Bando AfroMacarrônico


Fazia eu junto com os compositores Vanderlei Mazzucatto e Caio Prado e mais uma porção de pessoas queridas um espetáculo denominado Pra Quem Teve Paciência, onde cantávamos coisas nossas, com foco nas características do samba de São Paulo. Com o fim do espetáculo fiquei sem saber o que fazer, só compondo solitariamente até que juntei a Maraysa e Dulce Monteiro que faziam os coros no show já mencionado e montei o Bando AfroMacarrônico, que trazia a idéia de radicalizar o que já fazíamos no Pra Quem Teve... assumir uma postura geralmente negada pelos núcleos do chamado "samba de raíz", que era buscar as nossas próprias referências regionais, esquecer um pouco a Portela, a Mangueira. Porque vou compor canções exaltando escolas de sambas ou bairros de outro estado se nunca pisei lá? Porque tenho que ter vergonha do meu sotaque? Vou ser o que sou e acabou. Vou falar de Guarulhos, zona leste, centro e dos causos que me envolvem. Isso foi em 2001.
Com o passar dos anos o Bando sofreu várias paradas cardíacas e quase não sobreviveu, o grupo passou a trabalhar com regularidade somente no ano de 2005 graças a sua residência no Ó do Borogodó, tradicional bar com música ao vivo, que já abrigou (ou abriga) artistas como Fabiana Cozza, Dona Inah, Ney Mesquita, Alessandro Penezzi, Juçara Marçal, entre outros.
A sua formação diversificada influencia definitivamente na sonoridade do grupo, a começar pelas cantoras:
Railídia, entrou no grupo em 2003, além de grande conhecedora de sambas, tem uma memória assustadora, traz em sua bagagem os sons da Amazônia, o carimbó, o boi, além de toda cultura musical que carrega.
Dulce Monteiro, considerada o xodó de todos, doce, bela e sobretudo carismática. Abre voz com facilidade, ou seja, sai cantando a terça ou a sexta de qualquer melodia, dizem que é porque ela já cantou muita música caipira, mas na minha opinião, é porque ela vive tomando água tônica.
Alex Macedo, além de batuqueiro, é grande fabricante de instrumentos de percussão. Conhece praticamente todas as manifestações negras oriundas das antigas plantações de café, como o batuque de umbigada, congada, moçambique, jongo e sobretudo o samba-de-bumbo (samba rural, caipira), arranca gemidos do tal instrumento, quando se assanha, sai tocando o bumbo no meio do salão.
Douglas Germano é compositor, cavaquinista, violonista, percussionista, arranjador, cartunista e os cambaus. Participou do primeiro show do Bando e juntou-se a nós em 2006. Além da vivência pelas escolas de samba paulistanas, Douglas Germano (vulgo Cuca) é dono de uma obra única, original e singular, que dialoga com a cidade, seus dramas e seus desfechos.
Julio Cesar, percussionista dinâmico, trouxe para o Bando, além da herança genética do samba paulista difundida pelo seu pai Oswaldinho da Cuíca, os ritmos caribenhos e de várias Áfricas, também passeia pela música erudita.
Hoje o Bando AfroMacarrônico se embrenha não só pelo samba, mas por tudo que escutamos e que nos influencia, da macumba ao jazz, da cumbia ao tango.
Kiko Dinucci

Bando AfroMacarrônico é:

Kiko Dinucci - voz, violão, composições
Douglas Germano - voz, violão, composições
Railídia - voz
Dulce Monteiro - voz
Alex Macedo - percussão
Júlio Cesar - percussão

Fotos: Gina Dinucci
(parte superior, da esquerda para a direita: Júlio Cesar, Dulce Monteiro, Douglas Germano)
(parte inferior, da esquerda para a direita: Kiko Dinucci, Alex Macedo, Railídia)