Faixa 1 - Instrumental, mas tem grande pós-referência na música Samba Absurdo de Mario Manga (Premê), embora eu não soubesse disso na época em que fiz a música, pois tinha me inspirado no cubano Perez Prado. Quando ouvi a música do Manga percebi o parentesco, esqueci o Perez Prado de lado e assumi o Premê de vez, Mosquitinho de Velório é um filhotinho de Samba Absurdo. Fiz a música antes, me influenciei depois, ou melhor, me identifiquei.
Mosquitinho de Velório (Kiko Dinucci)
ZZZZZUUUUUUMMMMM!!!!!!!
Faixa 2 - Também tem referência na música caribenha, mas creio que as maiores influências foram o candomblé de tradição Angola-Congo (bantu) e o mestre Nego Dito, Beleleu, PretoBrás, Itamar Assumpção, bem como o grupo que o acompanhava, Isca de Polícia.
Santa Bamba (Fabiano Ramos Torres/Kiko Dinucci)
Canta, gira, dança samba Santa Bamba
Bumbo, tambú, também o tambor, tá bom tá aqui
Canta, gira, dança samba santa bamba
Mangue minguado, zanga o nimbo na miçanga
De Cumbica ao Cambuci, na cumbuca uma canjica
Banzeiro e borocoxô
Um furzum no fuzuê
Mocorongo e songamonga
É cambaio de milonga
Canta, gira, dança samba Santa Bamba
Bumbo, tambú, também o tambor, tá bom tá aqui
Canta, gira, dança samba santa bamba
Lá na quitanda zombaram minha zumbaia
A fubanga sanha-gana se assanha sacode a saia
Xermbabo e xilindró
Cachuêra e caxambu
Bimbalhar nos cafundó
É veneno de timbó
Canta, gira, dança samba Santa Bamba
Bumbo, tambú, também o tambor, tá bom tá aqui
Canta, gira, dança samba santa bamba
Caxerenguengue, rompe, arranca uma moringa
Alambique cospe cana e o calango golando a pinga
Da calunga ao calundu
Mamulengo ao mulambo
Monjolo de mulungu
Angorá gora o angú
É cambaio de milonga
É veneno de timbó
Angorá gora o angú
Faixa 3 - Homenagem ao Jongo de Tamandaré (Guaratinguetá).
Tambú e Candongueiro (Kiko Dinucci)
Água de briga na pele da ngoma
Acende o fogo pro couro amaciar
Na curimba meu tambú
Na curimba candongueiro
Faixa 4 - Estão presentes o Geraldão da Barra Funda (Geraldo Filme) e Plínio Marcos. Fiz essa canção em 98, período em que morava na Barra Funda, exatamente nesse prédio com micose da foto do cabeçalho deste blog. Sinto saudades de lá e espero voltar um dia pro bairro.
Roda de Sampa (Kiko Dinucci)
Vou caminhando na Barra Funda
Onde os bambas se encontravam
E no Largo da Banana
Onde o samba encontrava o luar
E durava a noite inteira
Estandarte e frigideira
Gritos na rua de trás
Foi um rapaz, foi um rapaz
Que entrou na tiririca, fazendo visagem, saltando pra trás
E a ponta do pisante com um canivete sambando no chão
Não passou de ilusão, Não passou de ilusão
Dionízio Barbosa, Inocêncio Mulata e Geraldão
E os valentes da Glete gingavam com orgulho e tradição
Não passou de ilusão, Não passou de ilusão
Mas o samba anda sumido
Quem quiser vai ter que procurar
num sorriso de criança
E aprender que a pauliceia
Ainda pode cantar
Laiá, laiá, laiá, laiá
terça-feira
Letras e comentários do Afro - EP - Macarrônico, Vol. 01
Postado por
Kiko Dinucci
às
00:42
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5 comentários:
Parabéns Kiko, as gravações estão lindas.
Um abraço
André "Piruca"
www.ocourodocabrito.blogspot.com
Kiko, não me canso de escutá-las. Quando sai o segundo lote? Tem prévia?
Conheci Santa Bamba há exatamente uma semana. Em meio ao meu passeio mais recente a São Paulo, fiz minha parada obrigatória no Ó. Apesar da tristeza que me tomou pelo fim do samba sem a tradicional roda de jongo, tive um grande presente. Conhecer essa pérola tem me dado muitos sorrisos repentinos e cantoroladas até desconcertantes. Espero que esse bando possa apresentar toda essa beleza aqui no cerrado. Afinal, Brasília também merece!
Saudações batuqueiras,
Raquel
Costumo frequentar o Ò do Borogodó aos domingos,dia 15/11 fui comemorar meu aniversário lá e qdo ouvi Kiko Dinucci e bando Afromacarrônico fiquei enlouquecida pelo som,nunca tinha ouvido coisa igual,achei o máximo e gostaria muito de saber como consigo comprar o cd.Caso responda meu i-mail é: Tina.Bessa@hotmail.com
Kiko: Roda de Sampa é um clássico do samba paulista. Pode apostar nisso! Já ficou!
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